Frustrando as expectativas de dezenas das pessoas que aguardavam ansiosamente o tênis, a ADIDAS ORIGINALS teve que cancelar (ou adiar por tempo indeterminado) o lançamento do YEEZY BOOST 750 BLACK no Brasil.
O motivo alegado oficialmente pela marca foi “a manutenção da segurança da área e das quase 300 pessoas que, já na noite da sexta, dia anterior ao marcado pelas vendas, se aglomeravam na frente da loja e adjacências”.
Quem esteve por lá e, sobretudo, quem participou da mecânica de vendas dos outros YEEZY BOOST que já apareceram por aqui (tudo dentro da mais absoluta tranquilidade), entretanto, sabe que o clima hostil e a “falta de segurança” foram gerados, sobretudo, por um “espertão”, que tentou burlar a mecânica de vendas, contratando mais de 150 pessoas para guardarem lugar na fila, a fim de garantir os 89 pares disponíveis – ou a maior quantidade possível deles.
Por volta das 21 horas da sexta, com ânimos exaltados e a presença da polícia militar, o lançamento foi cancelado, o que gerou uma (quase inesperada) reação de alívio e comemoração dos que estavam na fila porque realmente queriam garantir o seu par do tênis – e não porque haviam sido contratados por terceiros para tal.
Numa avaliação mais rasa, talvez esse seja o reflexo do assustador crescimento que o nosso mercado tem vivenciado nos últimos anos, com a chegada maior e cada vez mais frequente dos produtos mais limitados, o que tem feito com que resellers se proliferem igual Gremlim molhado. Vale ressaltar que filas em portas de loja, com ou sem sensação de insegurança, junto com cancelamento de vendas estão longe de ser uma exclusividade nossa.
Uma observação mais atenta da situação, entretanto, revela uma tentativa isolada – e frustrada – de levar vantagem (financeira, especialmente) sobre a situação, ignorando o verdadeiro espírito da cultura que une os apaixonados por tênis. Não que sejamos ingênuos e queiramos ignorar que o mercado paralelo de revenda existe e – gostemos ou não – que ele é parte integrante da cultura sneakerhead, mas o que aconteceu está longe de ser uma situação aceitável.
No nosso ponto de vista, a decisão da marca foi a mais prudente e o que nos resta, agora, é aguardar uma nova data e, quem sabe, nova mecânica para a venda dos pares do tão falado YEEZY BOOST 750 “BLACK” – além de torcer para que ninguém tenha outra “brilhante ideia” como essa.
Agradecimento fotos: Marcelo Baptista, Ball Jeferson, Felipe Savone. João Paulo Portes
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