A adidas Deve Continuar Usando Os Designs De Yeezy

10 nov 2022

Desde o rompimento entre ADIDAS e KANYE WEST, o mercado aguarda curioso pelo futuro de ambos.

A ADIDAS deixou claro que não é dona do nome YEEZY, mas possui toda a propriedade intelectual dos designs das silhuetas, das colorways e de todo o resto relacionado à (agora extinta) parceria. E, segundo Harm Ohlmeyer, CFO interino da marca alemã, engavetar os modelos não é uma ideia. Novos lançamentos envolvendo essas silhuetas que anteriormente eram assinadas como YEEZY devem aparecer já no começo de 2023.

A história da ADIDAS e KANYE passou longe de um relacionamento padrão de marca e artista. Envolvidos por quase uma década, a história começou em 2013, logo após KANYE deixar sua parceria com a NIKE por falta de controle criativo, por coincidência uma das suas reclamações sobre a conduta da ADIDAS.

O primeiro modelo – o YEEZY BOOST 750 – saiu em fevereiro de 2015. Sua segunda colaboração com a marca, a YEEZY BOOST 350, foi nomeado o “Tênis Do Ano” de 2015 e, em janeiro de 2016, ambos anunciaram que haviam estendido o escopo de sua parceria, chamando-a de “entidade da marca YEEZY que cria calçados, roupas e acessórios para todos os gêneros em rua e esporte”. De acordo com a mesma declaração de 2016 da ADIDAS, o esforço colaborativo era “a parceria mais significativa já criada entre um não-atleta e uma marca esportiva”. Diversos outros modelos vieram na sequência, como o 500, o 700 e o polêmico FOAM RUNNER, produtos que criaram um culto global à marca YEEZY.

Pra quem curte números um pouco além de 350, 500 ou 700, as ações da ADIDAS estavam sendo negociadas a aproximadamente US$ 38 quando a parceria YEEZY começou em fevereiro de 2015. Em dezembro de 2017 estava sendo negociada a pouco mais de US$ 100 por ação. Na ocasião, KANYE comprou US$ 200 mil em ações para sua então esposa, KIM KARDASHIAN, como presente de Natal. Avançando para fevereiro de 2022, estava sendo negociado entre US$ 120 e US$ 140 por ação. Em 27 de outubro de 2022, no meio da tempestade, as ações valiam US$ 51.

Após o rompimento do contrato, estragos trabalhistas eram inevitáveis. A fabricante de calçados parceira Okabashi foi forçada a demitir a maior parte de sua força de trabalho. Em um comunicado, a empresa com sede em Buford, na Geórgia, revelou que foi forçada a demitir dois terços de seus funcionários (142 funcionários) depois que a ADIDAS cortou os laços com KANYE. A equipe demitida devido à parada repentina de pedidos foi encerrada com indenizações e cobertura de saúde estendida. A Okabashi revelou que agora está trabalhando com agências e fabricantes locais para ajudar os funcionários demitidos a encontrar um novo emprego.

Diante (e apesar) de todo esse cenário, talvez seja prudente estar preparado para mais 350s, 700s, 500s e FOAM RNNRS num futuro breve. Resta saber como estas “novidades”serão recebidas pelos fãs de ADIDAS e, mais ainda, pelos fãs de YE, depois de tamanha turbulência, proporcional ao impacto criativo causado pelos YEEZY nos últimos tempos.

Fonte: Hypebeast

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