À Frente Da Campanha Comemorativa De 30 Anos De ‘Just Do It’, Colin Kaepernick Volta A Ser Alvo De Debates

05 set 2018

Quarterback dos San Francisco 49ers entre 2011 e 2016, Colin Kaepernick criou polêmica em sua última temporada na NFL após seus seguidos boicotes à execução do hino nacional dos EUA: como forma de protestar contra a violência policial e injustiças diretamente ligadas ao racismo, Kaepernick manteve-se sentado, ou ajoelhado, por diversas vezes, o que soou desrespeitoso para muita gente, inclusive para Donald Trump.

Desde então, o atual presidente dos EUA tem usado seu Twitter para dar diversas declarações que repugnam fortemente qualquer tipo de protesto “desrespeitoso” vindo de jogadores da NFL e NBA durante a execução do hino. De lá pra cá, a polêmica teve seus altos e baixos, mas voltou aos holofotes com força total após a divulgação da nova campanha da NIKE, que tem o rosto de Colin Kaepernick estampado sob a mensagem “Acredite em algo. Mesmo que isso signifique o sacrifício de tudo.” como forma de celebrar os 30 anos do slogan “Just Do It”.

Obviamente, o uso do jogador, que tem enfrentado dificuldades na escalação para novos times, criou um enorme rebuliço nas redes sociais, onde rapidamente foram espalhadas hashtags sugerindo um boicote à NIKE.

Atletas como LeBron James e Kevin Durant demonstraram apoio à campanha, assistida também pelo ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que twittou “A nova temporada da #NFL começa esta semana, e infelizmente mais uma vez @Kaepernick7 não está escalado em nenhum time. Mesmo sendo um dos melhores quarterbacks da liga”.

É difícil de prever quais serão os resultados desse importante movimento da NIKE a longo prazo, mas a companhia já disse que reforçará a campanha com uma linha de produtos do próprio Colin Kaepernick, o que certamente vai enfurecer ainda mais aqueles que repudiam suas ações – e alegrar o que celebram o posicionamento claramente anti-racista (e anti-Trump) que a empresa vem adotando.

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