A Galeria Blank Canvas Une Três Artistas Brasileiros Ao Redor Do Air Force 1

09 nov 2018

Desde 1982, quando chegava às prateleiras pela primeira vez, o AIR FORCE 1 se tornou uma tela para diferentes tipos de expressões. O basquete, obviamente, sempre foi a principal delas, mas não demorou muito até que os artistas adotassem o modelo e passassem a usá-lo como plataforma criativa.

Pulando para 2018, três jovens artistas brasileiros reinterpretaram o clássico e deram forma à Galeria Blank Canvas, montada no primeiro andar da Guadalupe Store, em São Paulo.

“Monumento do Passinho”é o nome da obra de Yuli Yamagata, formada por seis esculturas e um quadro. As esculturas representam ao mesmo tempo os movimentos de jogadores de basquete e a cultura de rua, além de retratar a força que o AIR FORCE 1 carrega de ser um símbolo de poder em todas as classes. “Eu tenho um certo fascínio por sneaker. Eu acho incrível a relação funcional e escultural que os tênis possuem, como molas e espaços de ar. Uso muito de referência para começar um trabalho”, conta Yuli.

A segunda obra é “Minutália”, feita por Igi Ayedun, consultora de moda, beleza e cultura internacional. Em um momento onde tudo é tão efêmero, o monumento fala sobre o que permanece. Ao colocar o AIR FORCE 1 dentro de cubos de gelo em aquários, a artista reflete através da obra sobre como o tênis desafia a temporalidade e se mantém icônico. Além disso, ao colocá-lo em um aquário leva-o para um local de contemplação e desejo. “Os meus trabalhos são desenvolvidos a partir do que eu sinto, seja em relação às pessoas, o mundo, ou a sensações mais introspectivas”, destaca. “A obra tem uma ambientação imersiva inspirada em mímeses, a fim de despertar a sensação infinita de ingressar em um universo Air Force sem fim, porém sempre em tempo de existir” conclui Igi.

Juliana Mattos, artista que une a tecnologia com a arte, mostra na obra “Beat do Futuro” que a cultura urbana e esportes coletivos, como o basquete, têm como elementos em comum a cultura de colaboração. Dessa forma, o coletivo de The Force criou uma forma de representar pessoas vibrando e pulsando juntas em diferentes ritmo. É como uma composição musical, que une diferentes frequências em um único som. Luz, som, movimento e o icônico AF-1 unidos em uma instalação sinestésica, a partir da respiração dos participantes com o sistema computacional. “A ligação com a arte surgiu a partir da vontade de colaborar, estética e politicamente. Desde cedo tivemos contato com pessoas e lugares que nos inspiraram e desafiaram a propor o mundo que acreditamos, via experiências tecnológicas multidimensionais de conexão física, energética, emocional e mental. A coexistência criativa foi nossa inspiração para essa obra. A união da dupla, através do AIR FORCE 1, já estimulou conversas e insights que sozinhos não conseguiríamos. Assim, propomos na instalação a mesma experiência que tivemos juntos”, apontam.

A Galeria funcionará entre os dias 14 a 25 de novembro, com entrada gratuita.

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