Kaiserslautern 2010 X Fritz Walter – Camisa de Comemoração

17 nov 2010
Por: Luís

O recém promovido Kaiserslautern não vai bem na tabela da Bundesliga – é o 15º , ou seja o primeiro depois da zona da degola – mas não é por isso que o clube da cidade homônima iria deixar de homenagear o seu maior ídolo, e um dos maiores da Alemanha, por meio de camisas especiais.

Completando- se vivo – 90 anos, o homenageado é Friedrich “Fritz” Walter, o herói por trás do milagre de Berna, como é chamada a conquista dos Alemães da copa de 1954. Walter foi introduzido ao futebol cedo, seus pais trabalhavam no restaurante do clube, assim em 1928 ele se juntou as divisões de base do Kaiserslautern. Em 1937, aos 17 anos, foi promovido ao time principal e, apesar de ter recebido ofertas incríveis, ele sempre contou com o apoio da esposa para continuar a defender sua cidade natal. Assim o Kaiserslautern foi seu único clube.

Em 1940 Walter foi convocado pelo também lendário Sepp Herberger para a seleção Alemã. Sua estreia se deu contra a Romênia, jogo em que marcou três gols. Em 1942  foi convocado para a Segunda Guerra, mas ao final dela ele se viu preso em Sighetu Marmaţiei. Com a chegada dos Russos, Walter foi transferido a um Gulag, onde a expectativa de vida era de 5 anos. Sorte dele que um dos guardas, que havia visto seu futebol pela Alemanha, mentiu ao seus superiores e, como “austríaco” Fritz foi liberado – mas carregou consigo uma chaga, a malária.

Exatamente por isso o conceito errado que ele jogava melhor na chuva. A verdade é que os doentes da malária não conseguem suportar o calor do sol, por isso quando chovia Walter jogava melhor o que levou ao termo alemão “Clima Fritz Walter” , quando de condições chuvosas.

Depois de levar o Kaiserslautern ao titulo de 1951 e 1953, e a seleção Alemã a mágica conquista de 1954, Walter teve de se aposentar em 1958 após receber uma violenta entrada na semi final da copa do mundo. Era seu sonho ver a sua querida cidade receber o torneio, já que esta não fora escolhida para a edição de 1974. Walter morreu em 2002, aos 81 anos, sem ver a seleção da cidade para a copa de 2006. Mas quando Itália e Estados Unidos jogaram no estádio que leva seu nome, um minuto de silencio foi respeitado.

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