NikeLab X Kim Jones – Entrevista e Imagens Detalhadas Dos Produtos

15 jul 2016
Por: Jaime Ha

Um dia após a NIKE anunciar oficialmente a colaboração com o diretor criativo da LOUIS VUITTON, KIM JONES, mais fotos de produtos e imagens detalhadas dos tênis foram divulgadas.

O AIR ZOOM LWP tem silhueta inspirada no modelo original de 1995, enquanto sua paleta de cores foi desenvolvida a partir das cores OG do AIR MAX 95, e de uma nova combinação que representasse o futuro.

As peças de roupa foram concebidas a partir da paixão de JONES por viagens e sua ligação afetiva com a NIKE, desde que era um garoto. Por isso, as peças de roupas são todas “empacotáveis”, seja em pequenos bolsos ou enroladas, buscando uma mala de viagem mais leve e prática.

Confira abaixo uma entrevista com o estilista, aonde ele fala sobre sua história, a relação com a NIKE e sua paixão por viagens.

Quais são suas primeiras memórias da Nike?

Eu me lembro da minha obsessão para ter um par de tênis Nike aos 12 ou 13 anos. Enchi a paciência dos meus pais até eles comprarem um para mim. Eu me apaixonei pelos tênis desde o primeiro olhar.

Você se lembra do seu primeiro modelo favorito?

Um Nike Vandal prateado.

Seu interesse por tênis surgiu por causa da cultura de rua ou pela cultura do esporte?

Eu andava muito de bicicleta quando era garoto, e isso teve uma grande influência. Eu tinha os tênis por causa do esporte, mas, além disso, o visual era lindo. Durante um tempo também fui um defensor bem radical da vida saudável. Naquela época, éramos todos loucos pelos Jordans. Todo mundo comprava o Jordan Vs. A gente adorava esse tênis, brigava para ter todas as cores. Um não queria ter o tênis igual ao do outro. Esse tipo de obsessão era bem coisa de adolescente. Eu tinha um grupo de amigos, a gente vivia junto, e todo mundo tinha pés do mesmo tamanho. Isso era ótimo, porque a gente trocava de tênis.

Você ainda tem algum desses tênis hoje na sua coleção?

Devo ter uns 500 ou 600 pares, por aí. Estão na minha casa em Londres e em vários armários em Paris. Tenho um monte de Jordans e dezenas de pares de Huaraches. Quando o modelo saiu pela primeira vez, comprei vários porque eu gostei muito deles.

Por que você tem tanto interesse por tênis?

Atualmente meu interesse é pela tecnologia, que se desenvolve tão rápido. Os tênis se transformaram em verdadeiras peças de design, uma coisa séria. Gosto desse aspecto tecnológico. A tecnologia puxa a moda, e cria um estilo de vida.

Quais são seus outros interesses no momento?

Minha principal referência é a cultura, mais do que a moda. E também as viagens, que são fundamentais. Adoro ir à África do Sul, gosto da energia de lá. Também amo Tóquio, Nova York e Los Angeles, e procuro inspiração em lugares diferentes. No verão do ano passado fui ao Sudeste Asiático, foi superinteressante.

Desde que você criou sua coleção de conclusão de curso, na faculdade, sua estética vem sendo descrita como uma injeção de street style na alta costura. Você concorda com essa definição? Acrescentaria mais algum elemento?

Acho que as coisas estão realmente seguindo nessa direção. Fui apenas uma das primeiras pessoas a fazer isso. Outro dia escreveram um artigo que falava dessa minha primeira coleção. Li aquilo e fiquei pensando na minha trajetória desde então – é meio assustador. Já se passaram 15 anos… O tempo voou, fiz tanta coisa nesse período. Estou refinando cada vez mais o meu trabalho.

Qual a importância de street e sportswear nos dias de hoje?

Essa é a moda da vida real. Esse estilos fazem parte da rotina de todo mundo, estão presentes em tudo.

Você trabalha bastante com sportswear. Qual a diferença da parceria com a Nike?

Sempre quis trabalhar com a Nike, e a marca me procurou na hora certa. Eu queria usar a tecnologia da Nike, então pegamos um elemento do passado e transformamos em algo totalmente novo. Eu não queria uma coleção retrô: queria um visual moderno, que conversasse com os jovens de hoje.

Por falar em juventude: a paleta de cores da coleção mistura tons neon, típicos da cultura “club-kid” dos anos 80, a cores neutras. Como você chegou a essa combinação?

Todas as cores vêm de Air Max antigos. Usamos a paleta do Air Max 95 e outra do modelo original. Em seguida, acrescentamos uma nova paleta, mais voltada para o futuro. A ideia era usar o DNA da Nike, o visual que define a marca, e misturar tudo isso. Pegamos elementos de tudo o que eu gostava e juntamos nas novas peças.

A coleção tem várias peças versáteis, que podem ser usadas em diferentes situações. Vocês pensaram nisso quando criaram os modelos?

Pensamos em design e função de uma maneira muito prática. Queremos oferecer peças que possam ser usadas de diferentes maneiras. Essa era a minha ideia: criar peças úteis para o consumidor.

Você pode dar exemplos de detalhes que representam isso?

Queríamos usar o mínimo de costura possível, para deixar tudo mais leve e menos volumoso. Partimos da autenticidade da Nike, daquilo que a marca faz melhor, e acrescentamos as novas tecnologias. O casaco corta-vento, por exemplo, é feito de um único pedaço de tecido. O desafio foi pensar como seria o corte e a construção da peça.

Como surgiu a trama da estampa usada nas camisetas de Knit?

Observamos as curvas do corpo e a estampa dos cabedais Flyknit quando ainda estão esticados. É um desenho muito bonito. Ampliamos esse desenho e testamos o visual nas peças. Ficou muito legal.

O NikeLab Air Zoom LWP x Kim Jones alia a inspiração do cabedal original do Zoom 95 à forma do Air Max 1. Por que você escolheu esses modelos?

Acho legal usar um tênis antigo como inspiração para criar um calçado totalmente novo. Foram necessárias várias tentativas para acertar o tom. Primeiro ficou pesado demais, e depois ficou fino demais. Meu objetivo era criar um tênis que eu mesmo gostaria de usar, que me deixasse orgulhoso. Ter um tênis Nike é uma coisa especial, uma verdadeira honra.

Existe algum outro modelo antigo da Nike que você gostaria de redesenhar?

Existem vários, para falar a verdade… Seria interessante trabalhar com o Footscape, ou pegar alguns dos meus modelos preferidos e uni-los até criar algo novo. A gente usaria algo que era vanguarda quando foi lançado e recriaria de um jeito diferente, para que fosse vanguarda hoje. A tecnologia mudou tanto, atualmente tudo é leve e confortável, as pessoas usam tênis o tempo todo, por isso é essencial garantir conforto e praticidade. E é importante lembrar que, hoje em dia, “tempo é luxo”. E se você tem um produto que facilita e simplifica a vida das pessoas, esse é um produto importante. Além disso, a estética dever ser bonita, é claro.

Isso nos traz de volta ao tema principal da coleção: ela é “portátil”. Esse conceito está relacionado à sua paixão por viagens. Por que você gosta tanto de viajar?

Adoro descobrir coisas e lugares novos. Quero conhecer o mundo todo antes de morrer. Eu me interesso muito pela natureza. Às vezes é preciso ir longe para descobrir as coisas – se a gente não sair do lugar, não descobre nada. Não vejo nada de errado em pesquisar na internet, ler livros. Mas gosto de ver de verdade, tocar, olhar as coisas e me inspirar na cultura, na vida selvagem, nas pessoas. Sou um cara muito sensorial. Começo minha pesquisa na internet, para decidir meus destinos. Mas a gente só descobre o que está do outro lado da esquina se realmente for até lá. Isso é maravilhoso.

Quais foram suas cinco viagens preferidas?

Ilha de Páscoa, Mongólia, vários países da África – talvez a Etiópia e as Maldivas, que são incríveis. Adorei Siem Reap, no Camboja. E amo a Índia, principalmente o Rajastão. Londres, minha cidade natal. Um monte de lugares na América do Sul – Galápagos… A Patagônia é espetacular. O Butão é um lugar inacreditável.

Finalmente, para fechar o ciclo que reúne sua paixão por viagens a seu interesse pela cultura das ruas e pelo sportswear: onde está a melhor moda de rua de hoje?

Tóquio, sem dúvida, e também Los Angeles. Gosto de São Paulo. Não vou à Austrália há algum tempo, mas quando estive lá pela última vez achei muito legal. Também a Nova Zelândia, eles têm estilistas locais fazendo experiências novas e interessantes.

A coleção NikeLab x Kim Jones: Packable SportStyle estará disponível a partir de 23 de julho em Nike.com/NikeLab e em lojas NikeLab selecionadas.

Outra novidade quente: a partir de 11 de agosto, os produtos estarão também na novíssima NikeLab Rio.

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