Encarando seu rico arquivo como uma ferramenta auxiliar na construção do futuro, e não apenas como um museu sagrado, de onde, eventualmente, são resgatados e reeditados os modelos clássicos do passado, a ADIDAS ORIGINALS tem criado novas plataformas como o TUBULAR, lançado em 2015, e é a partir desse pensamento – do olhar para o passado, mirando no futuro – que surge o NMD, uma nova família apresentada pela marca das 3 listras no final do último ano, que já tem representantes circulando nas lojas e que promete ser das grandes estrelas de 2016.
Para entender melhor essa criação, “motivada pelo desejo de experimentar”, mergulhamos no universo da ADIDAS, avaliando cada um dos componentes – do passado e do futuro – que contribuíram para criação dessa nova plataforma.
Esse mergulho deu origem a uma série de posts especiais, que segue revisitando os três runners da década de 1980 que emprestaram sua cara mais “técnica” para os novos modelos.
Depois de BOSTON SUPER, é a vez do MICRO PACER (ou MICROPACER, como aparece muitas vezes grafado), aquele que é considerado “o pai dos tênis inteligentes”.
O MICRO PACER nasceu em 1984, a tempo das Olimpíadas de Los Angeles, e seu principal trunfo era um avançado (para a época) microprocessador, que oferecia medições de passos, calorias e “velocidade”. Uma pequena tela de LCD e dois botões posicionados sobre a proteção de cadarços, no pé esquerdo, davam acesso às funções e o combo prata, azul e vermelho, usado na versão original do tênis, reforçava sua vocação futurista.
Tanta inovação, e um salgado preço (entre 125 e 150 dólares, na época) renderam ao modelo um clássico artigo na NY Magazine, em que ele era comparado ao PUMA RS COMPUTER – um tênis que se conectava aos raros computadores domésticos (Apple Ille oi Comodore 64) por meio de cabos – e tinha sua performance devidamente avaliada.
O britânico William Johnson é creditado como o pai da criança, e sua ideia chegou à ADIDAS em 1981, três anos antes do tênis ganhar, de fato, o mercado.
Além de batizar o livro de George Orwell, 1984 foi um ano bastante emblemático para a evolução tecnológica, parte de uma época em que se imaginava um futuro bem distante do que vivenciamos hoje. Câmeras de vídeo portáteis e vídeo-games representavam o começo da democratização dessa tecnologia e ter um microprocessador no seu tênis era, sem dúvidas, revolucionário.
Mas o (alto) peso do MICRO PACER, junto com seu (também alto) preço e a (baixa) tiragem – supostamente 10 mil pares na produção inicial, feita em couro metálico, suede e náilon – não fizeram do tênis exatamente um sucesso comercial. Por outro lado, duas décadas depois de nascido, o modelo, reconhecidamente um marco no quesito tecnologia para corrida, virou um ícone de estilo, ganhando reedições disputadas por sneakerheads de todo o mundo, além de colaborações com nomes como UNDFTD e Neighborhood e versões luxuosas, feitas a partir de materiais sofisticados.
Para a plataforma NMD ficou o legado inovador e futurista do MICRO PACER, suas linhas arrojadas e os blocos de cores vistos, sobretudo, no solado dos modelos atuais – pensados para uma exploração urbana sem fronteiras.
O astro do próximo capítulo dessa série especial é o RISING STAR, terceiro runner dos anos 1980 que serviu de fundamento para a criação da família NMD – que desembarca no Brasil a partir de 17 de Março, primeiro com um grande pack de versões masculinas e femininas, e depois com novas cores e modelos distribuídos ao longo desse primeiro semestre do ano.
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