O momento difícil da NIKE está sendo largamente noticiado, especialmente depois que a empresa, após divulgar números desanimadores, viveu seu pior dia na bolsa de valores, com uma queda de quase 20% no dia 28 de junho de 2024.

Indo no extremo oposto – e confirmando a tese de alguns economistas como o analista da Wedbush, Tom Nikic – a ADIDAS atualizou a sua orientação para o ano depois de reportar resultados preliminares melhores do que o esperado para o segundo trimestre de 2024, com uma aumento de receitas de 11% em comparação com o nível do ano anterior.

O lucro operacional no segundo trimestre cresceu para 346 milhões de euros, que incluiu 50 milhões de euros das vendas da YEEZY. Dado o trimestre sólido, a ADIDAS elevou sua orientação pela segunda vez este ano e agora espera que as receitas de 2024 cresçam na casa de um dígito alto (ou seja, perto de 10%). O lucro operacional está projetado para atingir 1 bilhão. Tudo indica que o inventário restante da YEEZY será vendido ao longo do ano a preço de custo, o que resultará em vendas de cerca de 150 milhões de euros.

No campo esportivo, a ADIDAS celebra vitórias na Eurocopa (Espanha) e na Copa América (Argentina) de futebol e o ULTRABOOST 5 é um dos lançamentos recentes mais relevantes.

Esses resultados opostos das duas maiores empresas de tênis do mundo não necessariamente indicam que os consumidores estejam abandonando a NIKE em prol da ADIDAS, especialmente pelo fato do crescimento de outros players como ON, HOKA, SALOMON e NEW BALANCE – sem falar das marcas chinesas – mas certamente mostra que os caminhos para a indústria seguem abertos, e que o interesse por bons produtos e histórias segue vivo entre os consumidores.