O Gazelle é sem dúvida um dos calçados mais famosos e icônicos já produzidos e tem uma longa história que remonta a meados dos anos 60. O fato de ter sido um modelo licenciado globalmente embaralha a questão das datas, e mesmo seu batismo é controverso. Alguns acreditam ser um tênis de corrida em homenagem à Wilma Rudolph, velocista americana que ganhou três medalhas de ouro vestindo adidas nas Olimpíadas de 1960 em Roma e ganhou o apelido de 'The Black Gazelle'. Mas Wilma se aposentou das corridas em 1962, cerca de quatro anos antes do lançamento comercial do tênis.
Uma olhada na sola mostra mais do que diferenças estéticas. O modelo vermelho apresentava uma sola transparente, herdada do adidas Olympiade, de 1964. Feito de borracha com um padrão de onda ranhurado, era perfeito para uso ao ar livre. Já o azul tinha uma sola microcélula ondulada. A tecnologia de microcélula incorporou pequenas bolhas de ar na borracha, o que ofereceu um impacto mais amortecido na aterrissagem e o uma base firme em superfícies internas.
Na década de 1970, o Gazelle desfrutava de grande popularidade e frequentemente recebia atualizações. Estas incluíram a aba de calcanhar 'Soft Protect', que protege melhor o tendão de Aquiles e uma língua de vinil para maior conforto.
O Gazelle entrou e saiu do catálogo da adidas em momentos diversos entre 1972 e 1979. Em determinado ponto, parecia ter sido substituído pelo Athens e pareceu aniquilado pelo adidas Jaguar - em homenagem ao predador da gazela.
Mas o modelo correu e seguiu vivo. Em 1979, o Gazelle Spezial estreou, com solado transparente que utilizava o Trefoil como padrão de solado. Originalmente vendido como um tênis de handebol, também foi vendido no início dos anos 1980 sob o nome autônomo de Gazelle. Essa versão foi a base para a reedição, nomeada Gazelle Indoor, por volta de 2011. A existência desta edição premium não eliminou a versão mais simples, que havia alterado a forma e a construção a essa altura.
Nascido no campo, como um tênis de treinamento, e mais tarde calçado por Michael Jackson e Kate Moss. Não consigo melhor maneira de descrever uma transição esporte e moda.