adidas Home of Classics – Stan Smith

EDITORIAL
15 maio 2023
Por: SBR Team

Desde o final de 2020, o Stan Smith foi eleito como um ícone de sustentabilidade da adidas, O painel traseiro verde, marcante na combinação mais conhecida do tênis, foi usado como gancho para uma campanha que anunciava 100% dos Stan Smith feitos de Primeblue e borracha reciclada, a partir desse ano – fora aqueles 100% vegan, sinalizados em seus cabedais. Mas sua história começa bem antes desse momento de emergência climática que vivemos.

Em 1963 a adidas lançou o primeiro tênis destinado a prática do esporte das raquetes. O cabedal todo em couro branco trazia três listras da marca representadas nos painéis laterais perfurados, que ajudavam o pé a respirar. Dois anos depois, o tenista francês Robert Haillet passa a assinar o modelo. Em 1973 entra em cena um certo Stanley "Stan" Roger Smith, tenista californiano. Ele assina contrato com a marca alemã, parte do plano de popularização da adidas nos EUA. Até 1978, o rosto de Stan Smith já estampava a língua do tênis, que ainda se chamava adidas Robert Haillet. A partir daí, tênis e rosto se unificaram no adidas Stan Smith.

O tênis se mostrou funcional a ponto de Martina Navratilova, tenista considerada um dos maiores nomes do esporte nos anos 1970, revelar que usava Stan Smith...comprados por ela própria (!) tanto na quadra quanto em outras ocasiões. "É bom pra tudo" na opinião da vencedora de 18 Grand Slams.

Os anos 1980 chegaram e, com isso, a aposentadoria de Stan Smith. Nessa década, o modelo passa a ser visto menos nas quadras e muito mais na moda. Com o impressionante número de 22 milhões de pares vendidos, entra pro livro dos recordes como o tênis mais vendido do mundo.

Na virada do século, a adidas apresenta uma atualização: Stan Smith II. Entre as principais diferenças, a língua, que ganhou enchimento. Na mesma época a adidas lançou um projeto batizado “Grün” (verde, em alemão) que já funcionaria como um ensaio do que a marca realizaria, anos depois, com uso de algodão orgânico, materiais reaproveitados, borracha reciclada e outras matérias primas menos poluentes. Começava aí a jornada rumo a uma produção mais sustentável.

Daí para frente, o modelo foi adotado de vez nas passarelas e no mundo da moda - até uma inesperada suspensão na produção do tênis, no auge de seu sucesso comercial, em 2012. Um hiato para, no ano seguinte, com Gisele Bündchen na capa da Vogue Paris, só de meia e Stan Smith, marcar o retorno, ou um novo renascimento, às vésperas da celebração de quatro décadas.

Nos anos seguintes, a tecnologia chegou, com versão com de cabedal de Primeknit e solado Boost. A questão sustentável ganha força com a presença da Parley for the Oceans, entidade que retira plástico dos oceanos e dá novos destinos para o material. E em 2018, comemorando 40 anos oficiais do tênis, o Stan Smith ex-jogador lança o livro "Some People Think I'm a Shoe". E não é?